Fundo Indústria Conserveira

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Fundo Indústria Conserveira

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/CMS/FIC

Tipo de título

Atribuído

Título

Fundo Indústria Conserveira

Suporte

Papel

Entidade detentora

Câmara Municipal de Sesimbra

História administrativa/biográfica/familiar

Nas décadas centrais do século XX as conservas de sardinha lideraram os mercados internacionais e foram uma das principais exportações portuguesas.As conservas ocupam um lugar importante no imaginário dos portugueses. As memórias do trabalho nas fábricas, segmentado entre homens com um vínculo permanente e multidões de mulheres com uma ocupação irregular e sazonal, merecem um fundo que lhes dê a importância devida.Entre o final do século XIX e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a produção de conservas cresceu a um ritmo superior ao de outras actividades económicas, estimulada pela industrialização da pesca de sardinha e o aumento da procura externa, sobretudo durante a guerra das trincheiras. Durante o Estado Novo, esse percurso ascendente consolidou-se até que acabou por entrar num irremediável declínio.Entre 1927 e 1966, as conservas de sardinha portuguesas lideraram os mercados internacionais. Ao contrário da maioria das indústrias transformadoras em Portugal nesse período, a indústria de conservas esteve orientada exclusivamente para os mercados externos.A indústria de conservas teve uma profunda reorganização com o objectivo de manter a posição dominante nos mercados internacionais. A solução encontrada para reorganizar o comércio e a produção industrial partiu de um relatório publicado em 1931 por Salazar.A 27 de Agosto de 1932 publicaram-se os três diplomas que mudaram o enquadramento institucional da indústria de conservas de sardinha e cujo funcionamento se estenderia até 1974.Entre 1933 e 1960, as conservas de sardinha representaram 13% do valor das exportações e cerca de 16% da população ativa na indústria portuguesa. De norte a sul, cidades inteiras viveram da pesca e enlatamento da sardinha.A indústria de conservas tinha duas características especiais que a distinguem das restantes indústrias. A primeira é o facto de transformar o peixe, elemento frágil e de ocorrência irregular que, depois de capturado no mar, é altamente perecível e deteriora-se rapidamente no transporte para as fábricas. As conservas eram um produto de grande durabilidade que permitia o seu armazenamento em períodos de incerteza. Por estas razões, a indústria não só se concentrou no litoral junto aos principais portos de pesca como se especializou nas espécies de pescado mais abundantes. A segunda característica da indústria de conservas era a exclusiva dependência dos mercados externos, em particular dos países europeus. Esta concentração geográfica devia-se não só à tradição de crescimento do sector, que substituiu os mercados das conservas francesas no final de Oitocentos, mas também à dificuldade de concorrer fora da Europa com produtores internacionais como o Japão e os Estados Unidos.Em termos convencionais, a cronologia inicial é balizada pela realização do primeiro Congresso de Pescas e Conservas na cidade de Setúbal, em 1927. Este acontecimento é relevante não só para compreendermos a acção dos grupos de interesse num novo marco institucional, após a queda do regime republicano, como serve também para inquirirmos as origens do intervencionismo económico que foi formalizado em 1932. No outro extremo, o ano de 1972 representa um fim de ciclo de expansão da indústria de conservas que se conjuga com a alteração das conjunturas externas.

História custodial e arquivística

O arquivo foi reunindo ao longo dos anos, documentação e fotografia relacionada com a indústria de conservas criando este fundo para dar ênfase à indústria conserveira, que foi de extrema importância para o desenvolvimento da indústria alimentar na vila de Sesimbra no início do século XX.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doações de cidadãos.

Âmbito e conteúdo

O fundo é referente à atividade da indústria conserveira. É constituído maioritariamente por livros de inventários e balanços de firmas, livros de diário, escrituras e fotografias.

Sistema de organização

O sistema de organização foi a ordenação cronológica e temática dos documentos ao nível das séries e subséries documentais.

Condições de acesso

Encontram-se definidas no regulamento do AMS que prevê algumas restrições tendo em conta o estado de conservação dos documentos. Os pedidos serão analisados caso a caso, de acordo com as normas que regulam os direitos de propriedade do Município de Sesimbra e a legislação sobre direitos de autor e direitos conexos.

Condições de reprodução

Encontram-se definidas no regulamento do AMS que prevê algumas restrições tendo em conta o estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução dos documentos. Os pedidos serão analisados caso a caso, de acordo com as normas que regulam os direitos de propriedade do Município de Sesimbra e a legislação sobre direitos de autor e direitos conexos.

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de pesquisa

ARQUIVO MUNICIPAL DE SESIMBRA - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Sesimbra, 2023. Disponível no Sítio Web.Inventário.Guia do Arquivo Municipal de Sesimbra.

Existência e localização de originais

Depósito do Arquivo Municipal de Sesimbra.

Notas de publicação